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[RESENHA] A Máscara de Deus - Adão Alves

10 julho 2015

Hey, pessoas!

Hoje é dia de resenha! E o livro escolhido foi uma das minhas maiores surpresas literárias deste ano. Conheçam um pouco mais sobre A Máscara de Deus, de Adão Alves, a primeira cortesia da nossa parceira Editora Deuses.

A máscara de Deus

TÍTULO: A Máscara de Deus (Inferno Privado #1)
AUTOR: Adão Alves
EDITORA: Deuses Editora
NÚMERO DE PÁGINAS: 194 páginas
SINOPSE: “John Scott” é um detetive forense da CGP encarregado de cuidar do caso de um Serial Killer intitulado "O Profeta", que marca suas vítimas com o nome de Deus em suas mãos, eliminando lideres seguindo os dez mandamentos de Deus. Mas ao decorrer da trama, o detetive observa que essa ligação dos dez mandamentos seria inútil, já que um dos mandamentos seria "não matarás". Entre vários homicídios e casos encobertos, Scott fica ainda mais vulnerável, pois seu passado, como em um inferno privado, assombra-lhe. Pois, ele vive uma depressão profunda por ter perdido a sua esposa grávida em um terrível acidente de carro, provocado por ele ao tentar ir atrás de um assassino. Contudo, no decorrer da estória, John acaba dando crédito à sua parceira Louis, o que poderá ser sua perdição ou sua salvação a respeito do que lhe aflige. Um Romance policial intrigante, sedutor, violento e que prenderá o leitor até a última página. Uma obra Repleta de crimes cometidos por um Serial Killer que não deixa vestígios algum e por isso os detetives da CGP estão sempre a um passo atrás. Contudo, o pior de tudo ainda estará por vir e o querido John novamente viverá um Inferno Privado.


John Scott é um detetive forense que trabalhar para a CGP. Ele e seu parceiro cuidam do caso de um dos assassinos mais inteligentes que a cidade conhece, mas que agora está em um hiato grande em seus crimes. Por conta disso, os dois policiais acabam sendo encarregados de outro caso, também de um assassino serial, que a imprensa intitula como O Profeta, por conta de seus métodos de homicídio: o criminoso mata suas vítimas de acordo com os dez mandamento bíblicos. Para ele, todo pecador passa a ser uma presa. Às voltas com mais um mistério e completamente perturbado por ainda não ter conseguido superar uma tragédia do passado, na qual sua esposa morreu num acidente de carro causado por ele mesmo, o detetive Scott vive um verdadeiro inferno particular. Sua mente está em depressão profunda, e ele não consegue sair da fossa em que se encontra. É então que Louis, uma aspirante da polícia, juntamente com seu parceiro, entra no mesmo caso que ele, e acaba trabalhando ao seu lado. Ao longo da investigação, os dois acabam se envolvendo íntima e profundamente, e é aí que o verdadeiro instinto do nosso protagonista começa a vir à tona. Será que John conseguirá realmente retornar à sua vida anterior? Será que Louis será sua salvação? Ou apenas mais um passo para sua destruição total?

O que eu posso dizer é que eu comecei a ler A Máscara de Deus sem muitas expectativas. Não havia tido contato com romances puramente policiais escritos por um autor nacional ainda, e não sabia exatamente o que encontraria no livro. Acho que essa foi a melhor forma que eu podia entrar na leitura, porque assim fui surpreendida da forma mais positiva possível! Vocês saberão maiores detalhes abaixo, mas eu já posso adiantar que fiquei imensamente satisfeita com a obra.

Vamos começar falando de John. Ele é um protagonista bastante contraditório. Até difícil de compreender, eu diria, num primeiro momento. É claro que todo o passado dele colabora para a sua amargura sempre presente, afinal, não deve ter sido fácil para ele perder sua esposa grávida e precisar carregar a culpa de sentir-se responsável por isso. No entanto, como boa conhecedora de psicoses (cof!), senti desde o início que havia algo a mais naquela mente, e eu sabia já desde o princípio que o personagem não era exatamente o que estava querendo nos mostrar. Entendam essa afirmação como quiserem, o que eu posso dizer é que John é um protagonista complexo, que exige extrema atenção e perspicácia do leitor na sua compreensão por completo. Acredito que esse tenha sido o detalhe que mais me deixou satisfeita no livro, a forma como o autor conseguiu construir seu personagem de uma maneira que me instigasse a desvendar até seus mais profundos segredos, que me fizesse querer mergulhar no seu universo e descobrir os motivos por trás de suas ações. Louis também é assim, mas essa conseguiu me deixar mais ainda de queixo caído. Ela demonstra ser o tempo todo aquela boa moça, demonstra realmente gostar do nosso detetive preferido, e demonstra, acima de tudo, uma inclinação ao perigo, típica de muitos aspirantes a policiais da literatura. Talvez por conta dessas características é que o desfecho dessa personagem tenha me chocado tanto. E como eu amei a surpresa!

Quanto à trama, como qualquer romance policial, ela é feita de ação do início ao fim. No momento em que o leitor sai de uma cena explosiva, outra aparece logo em seguida, te dando míseros segundos pra respirar nesse meio tempo. Como estou acostumada e completamente fascinada por esse ritmo, esse aspecto da narrativa só deixou ela ainda fluida pra mim. A premissa inicial dada pela sinopse, confesso, é um tanto quanto superficial: a história é muito mais do que o que deduzimos por ali, meus amigos! O enredo criado pelo autor é cheio de reviravoltas, mistérios, muito suspense e, além de tudo isso, elementos surpresas que aparecem todo o tempo. Ninguém é o que parece nessa história, e isso foi muito positivo na leitura. Eu, particularmente, gosto muito de livros imprevisíveis, daqueles que tu chega no final com a sensação de "eu só posso ter perdido alguma coisa, como não pensei nisso?". E A Máscara de Deus é exatamente assim. Aliás, esse título caiu como uma luva para a trama, que envolve religião e profano ao mesmo tempo e dentro de um mesmo cenário.

A história em si é rica em detalhes. Existe um motivo para tudo que acontece, nada é em vão, e as pontas soltas são inexistentes no livro. Mas o mais incrível de tudo é que o autor soube colocar todos esses detalhes e elementos gradualmente na narrativa, de uma forma que não entregasse o desfecho da trama logo de cara. Vamos acompanhando o desenrolar da narrativa, e formulando hipóteses, das mais variadas. Destas, muitas delas acabam caindo por terra no decorrer da leitura, mas algumas permanecem conosco até chegar à última linha, quando percebemos que nada do que conseguiríamos imaginar chegaria perto do real encerramento desse título. Não há aquelas descrições longas e cansativas, tudo é muito rápido e ágil dentro da obra, e o leitor, por conta disso, é exigido um pouco mais: sua atenção precisa estar focada e sua cabeça precisa trabalhar como o cérebro dos próprios personagens, procurando acompanhar seu raciocínio. Isso é o que mais me fascina em livros desse gênero, e é uma característica muito latente neste também.

A arte gráfica do livro é simples, mas muito bonita. Confesso que eu não deixaria o meu namorado olhar muito tempo para a capa do livro, por motivos óbvios, mas entendo a escolha, acredito que faça sentido se pensarmos pelo lado do enredo do livro. As páginas são amareladas, e a fonte é muito agradável à leitura, não cansa a vista, fazendo com que possamos aproveitar melhor a história. Não encontrei erros de revisão, o que é sempre extremamente positivo pra mim.

Ao final da resenha eu só posso dizer que foi uma leitura que valeu a pena. E muito! Eu adorei conhecer os personagens a fundo, adorei os mistérios que envolveram a trama até o final e o clima insano que acompanhou o livro inteiro. O autor está de parabéns, e eu quero com certeza continuar acompanhando a história nos próximos volumes. Preciso agradecer à editora por me dar a oportunidade de conhecer essa história marcante e dizer que estou muito animada com as minhas próximas leituras. Se todas as publicações forem como essa, com certeza vocês verão muito livro da Deuses Editora por aqui ainda. Só uma coisa a mais: leiam! Até a próxima postagem!

Beijos 

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