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[RESENHA] Aprisionada - Lauren Destefano

26 novembro 2014

Hey, pessoas!

Hoje é dia de resenha! Antes, quero mais uma vez me desculpar, e dizer que vocês podem ficar putos da vida com a minha internet, porque a culpa foi toda dela. Agora sim, vamos ao que interessa! O livro de hoje é uma distopia fantástica, criada por Lauren Destefano. Venham comigo conhecer um pouco mais sobre o universo de Aprisionada.

  
TÍTULO: Aprisionada
AUTORA: Lauren Destefano
EDITORA: Underworld
NÚMERO DE PÁGINAS: 287 páginas
SINOPSE: Graças à ciência moderna, os seres humanos se tornaram bombas-relógio genéticas. Os homens vivem apenas até os 25 anos e as mulheres até os 20 anos. Neste cenário desolador, as meninas são raptadas e forçadas a casamentos poligâmicos para manter a população longe da extinção. Quando Rhine Ellery de dezesseis anos é raptada pelos Coletores para se tornar uma noiva, ela entra em um mundo de riqueza e privilégio. Apesar do verdadeiro amor de seu novo marido Linden, e uma tênue confiança entre as irmãs de seu esposo, Rhine tem um propósito: fugir para encontrar seu irmão gêmeo e ir para casa. Mas Rhine tem mais coisas a enfrentar que a perda de sua liberdade.


No futuro, uma peste mata todas as mulheres aos vinte anos, e os homens aos 25. Muitos cientistas trabalham duro para encontrar um antídoto, mas até agora nenhum obteve resultado. Enquanto isso, as crianças amontoam-se em orfanatos precários, que não tem condições de sustentar toda a leva de órfãos. Rhine é um desses órfãos, mas não vive em um orfanato. Vive com seu irmão gêmeo Rowan, na casa onde eles moravam com seus pais, antes de os dois morrerem. Juntos eles enfrentam o dia-a-dia difícil, e tentam sobreviver a qualquer custo. São a força um do outro. Lá fora é um lugar perigoso. Além dos órfãos ladrões, existem ainda os Coletores, temidos por todas as adolescentes. Eles são os encarregados de capturarem futuras noivas para jovens ricos e bem-nascidos, chamados Governadores, que vivem trancados em suas mansões, alheios ao caos do lado exterior das paredes. 

Tudo que Rhine e Rowan queriam era viver tranquilos em sua modesta casinha, inseparáveis. Mas as coisas mudam de uma vez por todas quando Rhine é raptada por uma van pertencente aos coletores, e escolhida para virar uma esposa, contra a sua vontade. Agora, durante os quatro anos que restam de vida, ela terá que viver presa em uma casa, subordinada a um homem que ela nunca conheceu, fazendo o impossível para cumprir os caprichos de seu Governador, servindo de enfeite na mansão já luxuosa na qual passará a morar. Qualquer outra garota aceitaria o cruel destino que lhe é imposto, mas não Rhine. Impetuosa e rebelde, a mocinha não vai ceder tão fácil assim. Ela vai sobreviver. Ela precisa fugir.


Lauren nos apresenta ao mundo de Rhine de uma forma quase avassaladora. De uma hora para outra, somos retirados da nossa própria realidade e passamos a conviver com as personagens nesse mundo onde tudo que conhecemos foi destruído. Agora, a humanidade vive esperando pela sua morte, e sabe exatamente quando ela chegará. Rowan e Rhine são destemidos e sabem muito bem como se proteger dos perigos que os cercam. São inseparáveis, e juntos formam uma dupla difícil de ser vencida. Mas as coisas nem sempre saem como se espera: num belo dia, Rhine tem o mesmo destino reservado a todas as outras garotas, mesmo contra a vontade delas. Ela é capturada e colocada numa van, para depois ser exposta como produto a um homem que, se for escolhida, ela terá que chamar de marido. Ninguém sabe o que acontece as garotas que não são consideradas boas o bastante para se tornarem esposas, mas Rhine está prestes a descobrir.

Todos vocês sabem (ou ainda não) que eu sou completamente fissurada por distopias. Maluca mesmo. Leio qualquer uma que aparecer na minha frente. Essa em particular é uma trilogia, e logo de cara já me chamou atenção, pela capa que, vocês precisam concordar, é magnífica. Felizmente, a história não me decepcionou. Conforme as páginas iam avançando eu me via cada vez mais envolvida com esse mundo do futuro, cheio de catástrofes e perigos iminentes, onde a morte era o mais verdadeiro que se podia esperar. Lauren criou uma trama de tirar o fôlego, cheia de ação, mas nem por isso sem emoção.




As personagens são encantadoras, e muito bem trabalhadas. Rhine é uma garota forte e corajosa, e ao mesmo tempo frágil, que não sucumbe fácil às dificuldades que aparecem em seu caminho. Lutadora, ela sabe que sempre existe uma saída, e é incansável na procura por ela. Gabriel foi uma personagem que caiu de paraquedas na história, e a qual eu acabei me afeiçoando demais. Em vários momentos me vi torcendo pela felicidade do casal, admirando o garoto e sua forma de tratar os outros e o próprio destino. Linden é o denominado personagem “não fede, não cheira”. Completamente dominado pelo pai, senhor Vaughn, ele não tem personalidade e simplesmente acata as decisões que lhe são impostas, como se não existisse nada que pudesse ser feito para muda-las. Isso me irritou demais nele. As duas outras esposas-irmãs de Rhine, Jenna e Cecily são responsáveis pelas passagens mais divertidas do livro. Tem personalidade bastante diferente, Cecily é uma criança e gosta de chamar atenção, enquanto Jenna é quieta e muito inteligente, mas nem por isso deixam de ser parecidas: ambas querem aproveitar ao máximo o tempo que resta a elas, mesmo não admitindo isso. Junto de Rhine, são quase como irmãs, e se tornam imbatíveis. O senhor Vaughn é um homem completamente terrível, que vive em busca do antídoto para a doença que matará seu filho em pouco tempo. E ele definitivamente não se importa com o que terá que fazer para conseguir a cura. Por esse fim, ele comete atrocidades sem tamanho, que arrepiam cada cabelo da nossa cabeça. Rowan, confesso, foi o único personagem que eu senti precisar de mais atenção por parte da autora. Talvez por ele não ter aparecido muito no livro, a não ser em lembranças de Rhine, sua personalidade ficou um pouco vaga, e isso me fez não compreendê-lo direito. Posso dizer que ele é cético com relação ao antídoto desde que perdeu seus pais, mas é protetor e terno com sua irmã, embora um tanto rude.



O cenário da história é basicamente a casa do Governador Linden, é lá que os protagonistas passam a maior parte do tempo, aprisionados a uma vida que eles nem ao menos queriam. La dentro, tudo é feito para parecer maravilhoso, nos mínimos detalhes: são hologramas representando árvores, flores, peixes na piscina enorme, paisagens ao tocar músicas no piano. Tudo muito bem desenhado e cuidado, mas nada real. O mundo fictício te prende, e não se importa com o quanto se quer sair dali. Embora alguns episódios da narrativa aconteçam na cidade, com as festas em que Rhine vai depois de se tornar a primeira-esposa (a preferida, digamos assim), elas são raras e breves, e logo voltamos a mansão. Isso me deu a sensação de estar também presa ali dentro, o que eu achei um facilitador muito grande para a nossa entrada, ou melhor, mergulho de cabeça no meu caso, na história. Todas as emoções das personagens são vívidas e palpáveis, e isso faz com que nos afeiçoemos muito mais a eles. A compaixão pela situação deplorável em que estão é quase inevitável.

A escrita da autora é algo de maravilhoso e indescritível. Ela se apegou a cada detalhe desse mundo criado em sua imaginação, e todas as partes dele são minuciosamente descritas e fazem um sentido absurdo dentro da trama. Não existem pontas soltas dentro da narrativa, e cada personagem ou acontecimento tem sua função, mesmo que tardia. Eu, particularmente, aprecio quando o autor não coloca passagens dentro do texto apenas para enrolar o leitor, para mim, elas precisam ter alguma serventia na história, e é exatamente isso que Lauren conseguiu: fazer eu encaixar todas as peças usadas por ela. A cada linha eu me via envolvida na rede de mentiras que transpassa a história e aprisionada ao mundo que nos é apresentado. Isso foi um fator definitivo para que eu me ligasse ao livro, e conseguisse compreender realmente as palavras utilizadas pela autora em cada ocasião.



A diagramação da editora Underwolrd está impecável, a não ser por alguns erros de digitação que encontrei, mas nada que tenha realmente atrapalhado a leitura. A capa é muito bem trabalhada, em seus mais minúsculos detalhes, aveludada e lisa nas partes principais, como o rosto da modelo e o pássaro na gaiola, o que eu achei muito interessante, porque realmente se conectou a história interior do livro. As aberturas de capítulos são personalizadas com a mesma imagem da modelo da capa, sobrepostas pelo número do capítulo, detalhe que eu achei lindo. A editora com certeza está de parabéns!

Me despeço de vocês com a minha explícita recomendação do livro. Com certeza é leitura obrigatória para aqueles que, como eu, não dispensam uma boa distopia. Garanto que vocês serão enredados e presos na trama assim como eu fui. E, diferente de Rhine, não irão querer fugir desta prisão. Até a próxima postagem! 

Beijos 

2 comentários:

  1. Que resenha maravilhosa! Eu adorei a temática do livro, já estou com ele a algum tempo mas foi mais por empolgação,e daí o coitado caiu no esquecimento. Digamos que você salvou e reviveu a minha vontade de ler o livro! rsrs. Amei sua resenha, e se tem uma coisa que eu amo é quando TODOS os personagens tem sua função, bem como as passagens do livro. Quando não tem aquela função específica fica meio sem nexo, me sinto enganada! rsrs. Bjokas...
    entreumlivroe-outro.blogspot.com

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    1. É tão legal ver a tua animação nos comentários, Anya, eu me sinto incrível com isso! Obrigada pelos elogios, de coração! O livro é realmente surpreendente, eu me peguei completamente envolvida com ele, no final já estava querendo abraçar alguns personagens e exterminar outros kkk acho muito interessante também quando as personagens não estão na história só para "dar volume". Beijos, gata!

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