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[PROJETO] Eterno - Patrini Viero

16 outubro 2014

Hey, pessoas!

Hoje eu trago para vocês mais um capítulo da história de Emma e Isaac. Espero que vocês também se apaixonem por eles!

SINOPSE: Emma Banks não passava de uma garota normal de 16 anos. Ia à escola, tinha amigos, e um pai amoroso que se dedicava a ela ardentemente. Ela não podia desconfiar os segredos que cercavam sua vida. Desde que se lembrava, Emma havia crescido apenas com o pai, já que sua mãe falecera quando era muito pequena. Apesar de não falarem sobre ela, Emma sabia que seu pai a idolatrava, e que ela era uma pessoa muito importante. Depois do rapto de seu pai e do aparecimento misterioso de um estranho garoto em sua casa, Emma começou a desvendar um mundo ao qual nunca podia imaginar que pertencesse. E agora estava nas mãos dela não só a sobrevivência de seu pai, mas também o futuro de uma espécie e o verdadeiro amor. Até onde você iria por quem mais ama?

CAPÍTULO CINCO

Emma ainda pensava nos sonhos quando amanheceu, depois de uma noite atribulada, em que ela havia conseguido realmente descansar apenas alguns poucos minutos. A garota não compreendia porque aquele estranho atormentava seu sono, povoando sua imaginação com monstros, lugares e pessoas que ela jamais conheceu. 
Ao mesmo tempo, ela sentia que não pertencia aquela cidade; mais: ela não se reconhecia ali. No fundo da sua alma, sabia que devia partir, e que só o garoto que ela mais tentava evitar poderia lhe mostrar o caminho certo. 
Isaac percebia Emma cada dia mais distante, cada segundo mais fechada. Tinha a nítida impressão de que ela queria proteger-se de algo, ou alguém, talvez dele mesmo. A única tentativa de diálogo que travaram durante a semana foi fria e trivial, e ele não mais sabia o que fazer para ganhar a confiança da menina.
Vendo-a debruçada sobre aquelas caixas de livros velhos, cujas páginas Emma esquadrinhava na esperança vã por respostas, Isaac sentiu-se encorajado a iniciar uma outra tentativa de conversa:
- O que procura?
- Alguma forma de encontrar meu pai, mas parece que nada aqui escrito me leva para ele – com um suspiro, ela deixou o livro cair sobre seu colo.
- Eu já disse, Emma, é inútil gastar energias com essas porcarias velhas.
- Essas porcarias velhas, como você chama, são a única pista que tenho até agora de por onde começar a procurar. Portanto, se não vai ajudar, faça o favor de me deixar errar e perder tempo sozinha – virou as costas para ele, e seguiu folheando os livros à procura de algo que nem ela mesma sabia o que era.
Surpreso com a resposta arisca, ele decidiu mudar sua tática. Caminhou até o lado de Emma e agachou-se devagar, até sentar completamente no chão de tapete macio, passando as páginas amareladas e malcheirosas do livro à sua frente.
- Se quer mesmo encontrar seu pai, confiar em mim é a melhor alternativa.
- Sem querer ofender, mas eu prefiro ser mais otimista – retrucou Emma, irônica.
- Por que faz tanta questão de tornar as coisas mais difíceis? – Isaac começava a irritar-se com o temperamento da menina.
- Talvez porque você não me deixe outra escolha.
- Tudo que eu tenho feito nesses últimos dias é aturar seu mau-humor e engolir suas respostas de menininha mimada. Eu fui enviado para ajudar, e juro por tudo que é mais sagrado que estou tentando cumprir a minha missão. Mas parece que você não quer ser ajudada! – ele explodiu, sem conseguir conter a torrente de palavras que lhe vieram à cabeça.
Quando a garota voltou seus olhos para ele, as lágrimas ameaçavam tomar sua face:
- Acontece que estou mesmo perdida. A única pessoa que eu tinha era meu pai, e agora ele se foi, como minha mãe. Entende o quanto é difícil perceber que você está sozinha e ficar imune a todo esse sentimento de abandono e carência que te tortura? Meu mundo era essa casa, meu pai, meus amigos, e hoje eu vejo que nada disso importa mais, pois sinto que fiquei incompleta sem o único homem que realmente me amava. E o pior é que ninguém vai ser capaz de preencher esse vazio que ele deixou dentro de mim.
Seus lábios tremiam quando terminou de falar, e Emma já não fazia questão de esconder o medo, transparente em seus olhos, ou a voz embargada pelo choro. Isaac aproximou-se e passou os braços ao redor da menina, que, quase inconscientemente, recostou sua cabeça no ombro do garoto. 
Ela parecia tão pequena e frágil naquele momento que Isaac não pôde resistir ao impulso de abraçá-la e fazê-la sentir que ele nunca a deixaria só. Ele precisava mostrar a ela que sempre estaria ali, mesmo que ela não quisesse, mesmo que não merecesse, ele nunca iria embora, pois não conseguia nem sequer pensar na possibilidade de perdê-la.
Assim, aninhada nos braços daquele menino estranho, que era a única pessoa com quem ela podia contar agora, Emma percebeu que ele tinha o dom de acalmar seu coração e fazê-la voltar a acreditar. E, por mais que não quisesse admitir, ela gostava disso. Ela precisava dele.

2 comentários:

  1. Que lindo!
    Tenho que ler os outros capítulos. Você escreve bem

    Beijinhos, Helana ♥
    In The Sky, Blog / Facebook In The Sky

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    Respostas
    1. Uma honra receber elogios teus, Helana, adoro teu blog rs <3 Mas muito obrigada, de verdade, logo os outros capítulos aparecem por aqui haha Beijocas!

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